terça-feira, 31 de julho de 2012

O CAMINHO DO INFERNO PASSA PELA ÍNDIA

Quem disser que suporta escutar aquela musiquinha irritante de "Caminhos das Índias" é tão esquizofrênico quanto o personagem maluco da novela.Nada mais entediante do que isso. É sempre a mesma coisa.Os mesmos velhos atores globais interpretando os mesmos personagens,só que com vestimentas diferentes e em diferentes cenários .Toda as noites um desfile de culturas interpretadas de forma tacanha pelos artistas globais.Não vejo diferença nenhuma entre a novela do árabes, dos ciganos e dos baianos da dos indianos.Só muda as fantasias e os sotaques.A antropologia global é de fazer pena.É estereotipada e nunca se aprofunda em questões sociais, não passando dos clichês das agências de turismo sob os lugares, quer dizer, só fica nas aparências.Os dilemas que constroém a trama sempre gira em torno do conflito amoroso da mocinha e do mocinho, um sempre mais pobre do que outro, obedecendo a velha forma folhetinesca presente nessas plagas desde desembarque do Romantismo no Brasil no século XIX.Não que tenha alguma coisa contra sobre esse sub gênero narrativo chamado teledramaturgia, o que me dá raiva é quando as pessoas começam a perceber o mundo através dos olhos dos roteristas da globo.Um exemplo disso foi quando eu dava aulas de filosofia na Universidade Federal de Sergipe sobre a origem das diferenças entre classes e castas baseada no método perspectivista/relativista cultural de Nietzsche.Tentava mostrar como se dava o processo de formação dos valores através da estrutura hierárquica do poder.Foi dessa forma que se criaram as diferenças sociais entre as pessoas.Sendo nietzscheano usei o método comparativo histórico e mostrei para eles que existiam diferentes culturas no tempo e que nem sempre o mundo foi desse jeito.Os evangélicos não faziam a menor fé,apenas acreditam no que os pastores dizem em suas sessões de auto hipnose.Quanto aos "católicos", a reação foi a mesma, a igreja é eterna, pelo menos, no projeto eterno de perpetuação dos privilégios eclesiásticos. Ninguém dava a mínima.Agora só foi aparecer na novela da globo que todo mundo fala de sistema de castas e se impressiona com a imobilidade social dessa sociedade.Do meu lado, não preciso ver novela para saber e interpretar que quem manda e cria valores ou leis no mundo são os poderosos, aqueles que estão sentados no topo da pirâmide do poder.Segundo Nietzsche:



" .... uma civilização superior é uma pirâmide:pode assentar num solo amplo, tem acima de tudo uma mediania forte e sabiamente consolidada.O ofício, o comércio, a agricultura,a ciência, a maior parte da arte, numa palavra, todo conjunto da atividade profissional, só são inteiramente compatíveis com uma medida de poder e no desejar;tais coisas estariam deslocadas sob as exceções, o instinto a isso atinente estariam em contradição tanto com aristocratismo quanto ao anarquismo."(O Anticristo, aforismo 57)

Dizia tudo isso o que esta escrito acima e mesmo assim todo mundo achava uma besteira.Para eles só existiu ou existe aquilo que nós vivemos hoje em dia.Nossos costumes nasceram do nada, e toda estrutura de poder do mundo sempre existiu e sempre existirá.Acreditam que a variedade dos valores e dos costumes são meros prosseguimento da religião cristã.Nada disso. Os costumes sempre foram criados ou inseridos dentro de uma hierarquia do poder.Não gostam de pensar desse jeito porque não querem se ver como mera ovelhinhas do sistema ou não se percebam como tal.São tchandalas sem saber.A parte de baixo da pirâmide.As vacas que sustentam a ordem politica e religiosa.Que a globo interprete o mundo por nós.

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CABEÇA DE OSSO

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