terça-feira, 14 de junho de 2011

GÁSTRICO NA CAMA


tolas

só mentem
ante a realização
de um desejo
nada de errado
até então
porém
cantilenas moralistas
sopram
da suas bocas
qual um vento
frio
seco
úmido
vindo
do fundo  de seus úteros
calcificados
por sentimentos mortos
encho um copo de vinho
vermelho
enquanto engulo isso
matei a amizade
para reiventá-la
mais uma vez
subi
o morro só
lúcido como alguém
que lavou o rosto
com água fresca
pela manhã
começo

nada demais
ser objeto
quando se é um
nada de enganos
nem por amor
tudo ao sol secante
do meio dia
ardência estomacal
refluxo
ela vai e vem
entra na sala
nervosismo
mexe nas panelas
GÁSTRICO
deita na cama
vômito
no assoalho
sopa de letrinhas
mentir para conquistar

UMA FARSA IGUAL





a rima perdida
de uma amizade abalada
concreto
só a descoberta
da virtude no virtual
um problema terreno:
Deus existe ?
essa pergunta nasce com a igreja
casa de gueixas:
não quero converter ninguém
tampouco ser convertido
quero viver a vida com arte
estar ao lado dela
numa parceria que resulte numa estética perfeita
isto chamo de vida
uma farsa sem igual
representemos o dia
em "ligações perigosas"
entrechoques
tentamos impor nossos desejos e vontades 
de forma educada
peço uma coisa e quero outra
aperto um cigarro aqui e ali
tomo um sorvete na praça
mangaba visguenta
no sol do litoral do nordeste 
minha mente arde
ganha aquele que tem mais personalidade
auto sugestão:ajude a si mesmo
procuro um contexto
falo de filosofias perdidas
no campo do estritamente pessoal
tudo é permitido
a lei quem cria é você
não é ?
foge do nosso controle
a razão ou astúcia é um mero instrumento de nossas carências
na maioria das vezes egoístas
por que então passar a vida toda bancando herói de telenovela ?
cansei de tentar tirar dez a vida toda
em moral e cívica
tirei a prova dos nove
quando a coisa pega
só quem está sentindo
sabe onde o calo aperta
numa sucessão de ondas gigantes que nunca param
arrebetam nas costas
barulho
depois o vácuo
no rastro de destruição
silêncio

CONSOLADORES DE JÓ





grande prova
de resistência
o bolso furado
caindo trocados pelas calças
escorregando pelas meias
fedor de cachaça
ziguezagueando pelas calçadas
falta de prumo
sempre fui um bom filho
de Deus 
na sua santa presença
não tinha comida na mesa
as crianças tinham olhos de fome
e minha mulher reclamava da sorte
com razão
o bodegueiro fechava a cara quando me via
e vagavamundo atrás de trabalho
um bico atrás de outro
Deus me esqueceu
só o diabo andava comigo
me diziam meus melhores amigos e parentes
afinal a miséria é coisa do diabo
uma atrapalhação da zorra !
mas ainda não tinha perdido minha fé
tenho uma alma barroca
vivo entre o sagrado e profano
as luzes e as trevas habitam meu corpo
qualquer coisa pago penitência
a aposta celestial
quero ver ele ter fé sem nada
com dinheiro todo mundo tem fé
fácil de acreditar
simonia
um dia cheguei em casa
mesma rotina
dinheiro contado
na televisão vendiam santinhos
todos ricos
indulgentes
um teto no céu  custa caro
saco cheio
Decido ignorar
Sua presença
melhoro no mundo.

CABEÇA DE OSSO

CABEÇA DE OSSO
OSSO

VENDO DIFERENTE...

nesse blog tentaremos criar um ambiente em que toda forma de arte e crítica política e literária possa ser divulgada, especialmente a minha.quem gosta de literatura marginal aqui encontrou um espaço de discussão e criação.mudar idéias e concepções é a pretensão desse hulmide blog.
o que seria da humanidade sem os anormais?
sem os outlaws
o mundo seria destinado e destruído pela mesmice
precisamos de alguém para ver o contrário
quebrar modelos é o modelo
afinal no final das contas
não sobrará nada além da refeição dos vermes
vida longa então a todos desordeiros
arautos da nova era
que pagam o preço da incompreensão por sua criatividade
mas quem quer ser mesmo compreendido ?
pelos bigodes de Nietzsche!
não é esforço sobre humano
comer as orelhas de Van Gogh
beber Bukowski
vomitar Henry Miller
e calçar Artaud

sonhos

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e pesadelos

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