sexta-feira, 17 de outubro de 2008

um passeio noturno por curitiba(ou tirando o véu da noiva)

Um dos principais erros cometidos pela a boa sociedade é exatamente acreditar que todo o comportamento humano padrão a priori, nitidamente marcados pelos os valores cristãos e burgueses, deve acontecer na realidade. O que nos esquecemos, as vezes, é a dimensão histórica desses mesmos valores.Eles muitas vezes são determinados por necessidades materias bastante tangíveis ,históricas ou naturais.Mostrar comportamentos burgueses ou pequenos burgueses ou dos periféricos reais de forma moralista , a exemplo das crônicas neo realistas de Nelson Rodrigues, que em sua ânsia de revelar uma realidade "nua e crua ", a moraliza, dando-lhes nuances quase, para ser bonzinho,patológicas. É ,por detrás de toda aquela pseudo neutralidade científica e descritiva, revela-se um juízo de valor de um católico carioca comum.Sendo nietzscheano,enquandro os naturalistas realistas brasileiros ou dos século XIX e os dos séculos XX, excetuando, é claro Dalton Trevisan e Rubem Fonseca,como o exemplares tardios do positivismo cientificismo XIX europeu na literatura brasileira.O fato de sermos conduzidos por instintos ou necessidades naturais não nos mostra ou nos pega num comportamento inferior a um padrão comum de humanidade , como querem os iluministas/positivistas. Isto porque a razão não domina os instintos egoístas por mais que se tente. A prova disso é como utilizamos a razão, ou do comumente conhecido como artíficio ,em prol de interesses muitas vezes vis, muito distante da meta iluminista do dessinterrese universal.As pessoas matam , roubam e trapaceiam e só depois pensam no que aconteceu, se é que pensam nisso.O lado "animal" do homem, que desde Platão teimamos em subestimar em nossa cultura ocidental, aflora todo dia em nossa frente. É só preciso sair de casa para percebemos o quanto é trágicomico o dia a dia dos humanos em suas farsas cotidianas em busca de satisfação imediata.Ninguém em seu cotidiano pensa ou vive em função de um valor universal, todos só querem alargar a sua área de domínio pessoal.Só."O universal que se adeque ao pessoal", pelo menos ,assim é o pensamento dos donos de si mesmo.Por isso sou do partido daqueles que, como Trevisan e Fonseca ,descrevem a tragédia humana no vale da morte "como ela é",fruto de condições sócio econômicas especificas e não de um mero desvio patológico do comportamento humano e sempre levando em conta os interreses pessoais do ponto de vista da narrativa.

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CABEÇA DE OSSO

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