O brasileiro, esse ser mitológico,geralmente é uma pessoa que desconhece a sua própria história, não só a história dos governos políticos contadas nos livros didácticos, mas a história da criação de uma pseudo raça cheia de contradições em si mesma.Uma delas é esquecer como a questão da identidade nacional foi construída através dos tempos.Como nosso pensamento acadêmico é elitista em sua natureza, percebemos nossa realidade sob a ótica europeia do século XIX que vê tudo o que não for europeu como algo atrasado.Por isto que o pensamento europeu sufocou toda uma tentativa de nos conhecermos como realmente somos, aquilo que a elite brasileira não quer mostrar, o lado preto/indígena da coisa. Ao deixarmos esse aspecto de lado,passamos a vida toda tentando copiar os modelos europeus sem ter sucesso. Isto porque não temos o dinheiro que eles ganharam explorando os países periféricos.Para esquecemos este passado submisso por excelência a uma realidade alienígena é preciso rever com atenção e sem preconceito, o lado atrasado da coisa, a cultura aterrada,enterrada e entranhada em nosso passado linguístico. Vamos dar uma revisada nesse passado,revelar nossa cultura, nós olharmos sem vergonha de sermos uma cultura diversa em si mesma. Não existe um negro, um branco ou um índio, mas vários tipos deles, nesse imenso caldeirão cultural que é o Brasil de tantos contrastes, valores e de um passado rico . Isso deve ser visto muito além da ótica da filosofia politica alemã do século XIX, orácula de um mundo sob a governo do estado total ou totalitário, pintados pelos grandes impérios europeus com as cores brilhantes da liberdade e democracia à base de canhão e baioneta no traseiro dos "incivilizados".
